"Ela" deslumbra brasileiros
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
"Ela" é imponente. A maior do mundo. Uma das estrelas dos Jogos, está em Atenas há cinco dias, supervigiada e vivendo noites animadíssimas. Hoje, "ela" começa a se despedir de Agnelo Queiroz, ministro do Esporte.
"Ela". É assim, no pronome feminino, que os pouco mais de 1.200 tripulantes se referem ao Queen Mary 2, o maior transatlântico do mundo, hotel flutuante dos VIPs mais VIPs dos Jogos.
Entre eles, 240 turistas brasileiros, uma turma de dirigentes esportivos do país e a comitiva do ministério: André Arantes, secretário de Alto Rendimento, e Agnelo. A mulher, Ilza Maria Santos Queiroz, o acompanha no navio - e ele diz pagar por suas diárias.
Os três chegaram no dia 12. Arantes deve ficar até a semana que vem. Os Queiroz vão embora entre hoje e amanhã, já que ele estará no Haiti, com a seleção.
Será o fim de uma relação conturbada entre ele e "ela". Desde que chegou, Agnelo se irrita quando instado a falar sobre o navio. Chamou-o de "três estrelas".
Foi uma exceção entre os hóspedes ouvidos pela Folha. Os brasileiros a bordo elogiam e exaltam o luxo e as conveniências do Queen Mary 2, mas dizem não ter tempo de desfrutar de tudo isso.
"Eu acordo, saio e só volto bem à noite. Não dá tempo para nada. Já jantei lá, mas não consegui ver nenhum show, nada", afirmou o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, que é membro do COB.
"Isso aqui é uma beleza. Tem todo o conforto de um hotel cinco estrelas", conta Walcles Osório, presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor.
Ambos estão entre os dirigentes com estadias bancadas pelo COB, que diz pagar diária de 477, ou R$ 1.783. Após passar por um rígido esquema de segurança, que inclui preenchimento de cadastros, envio de cópias de documentos e avaliação de 48 horas da segurança do Athoc (Comitê Organizador), a Folha entrou no navio.
A fácil constatação: é doce a vida dos hóspedes. A ostentação começa já na recepção. "Ela leva US$ 5 milhões em obras de arte e 5.000 garrafas de vinho. São 20 tipos de cabine. Não faltam opções para que o hóspede se divirta por aqui. Ela é o único transatlântico do mundo com um planetário. Ela tem cinema, cassino, teatro, 14 bares, dez restaurantes, cinco piscinas, simulador de golfe, quadra de basquete e de squash", diz, num embalo só, Julie Davis, relações-públicas do transatlântico.
Com o calor de Atenas, as piscinas têm sido, durante o dia, o ponto de encontro dos hóspedes.
À noite, o navio perdeu uma de suas atrações: como está atracado no porto de Pireus, precisou manter seu cassino fechado. Assim, os principais programas têm sido os shows, os leilões de quadros e a danceteria G32. "Os brasileiros dançam até a madrugada, são os últimos a ir dormir", diz Davis.
É o "três estrelas" de Agnelo.
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
"Ela" é imponente. A maior do mundo. Uma das estrelas dos Jogos, está em Atenas há cinco dias, supervigiada e vivendo noites animadíssimas. Hoje, "ela" começa a se despedir de Agnelo Queiroz, ministro do Esporte.
"Ela". É assim, no pronome feminino, que os pouco mais de 1.200 tripulantes se referem ao Queen Mary 2, o maior transatlântico do mundo, hotel flutuante dos VIPs mais VIPs dos Jogos.
Entre eles, 240 turistas brasileiros, uma turma de dirigentes esportivos do país e a comitiva do ministério: André Arantes, secretário de Alto Rendimento, e Agnelo. A mulher, Ilza Maria Santos Queiroz, o acompanha no navio - e ele diz pagar por suas diárias.
Os três chegaram no dia 12. Arantes deve ficar até a semana que vem. Os Queiroz vão embora entre hoje e amanhã, já que ele estará no Haiti, com a seleção.
Será o fim de uma relação conturbada entre ele e "ela". Desde que chegou, Agnelo se irrita quando instado a falar sobre o navio. Chamou-o de "três estrelas".
Foi uma exceção entre os hóspedes ouvidos pela Folha. Os brasileiros a bordo elogiam e exaltam o luxo e as conveniências do Queen Mary 2, mas dizem não ter tempo de desfrutar de tudo isso.
"Eu acordo, saio e só volto bem à noite. Não dá tempo para nada. Já jantei lá, mas não consegui ver nenhum show, nada", afirmou o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, que é membro do COB.
"Isso aqui é uma beleza. Tem todo o conforto de um hotel cinco estrelas", conta Walcles Osório, presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor.
Ambos estão entre os dirigentes com estadias bancadas pelo COB, que diz pagar diária de 477, ou R$ 1.783. Após passar por um rígido esquema de segurança, que inclui preenchimento de cadastros, envio de cópias de documentos e avaliação de 48 horas da segurança do Athoc (Comitê Organizador), a Folha entrou no navio.
A fácil constatação: é doce a vida dos hóspedes. A ostentação começa já na recepção. "Ela leva US$ 5 milhões em obras de arte e 5.000 garrafas de vinho. São 20 tipos de cabine. Não faltam opções para que o hóspede se divirta por aqui. Ela é o único transatlântico do mundo com um planetário. Ela tem cinema, cassino, teatro, 14 bares, dez restaurantes, cinco piscinas, simulador de golfe, quadra de basquete e de squash", diz, num embalo só, Julie Davis, relações-públicas do transatlântico.
Com o calor de Atenas, as piscinas têm sido, durante o dia, o ponto de encontro dos hóspedes.
À noite, o navio perdeu uma de suas atrações: como está atracado no porto de Pireus, precisou manter seu cassino fechado. Assim, os principais programas têm sido os shows, os leilões de quadros e a danceteria G32. "Os brasileiros dançam até a madrugada, são os últimos a ir dormir", diz Davis.
É o "três estrelas" de Agnelo.
